
Mapeamento dos lugares afrodiapóricos em Olinda-PE
Explore a riqueza afrodiaspórica local

CONHEÇA O PROJETO MLMAFRO - MAPEAMENTO DOS LUGARES DE MEMÓRIAS AFRO-DIASPÓRICAS DE OLINDA (PE)
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A história não só de Olinda, mas como de Pernambuco está intimamente entrelaçada aos povos africanos trazidos à força ao território do Brasil em regime de escravidão, em uma das mais violentas políticas de diáspora forçadas da História da Humanidade.
Esse período, além de ser está densamente registrado nos documentos oficiais da então Coroa Portuguesa, é um dos principais temas de estudo nos campos da História, Antropologia e demais ciências correlatas.
Contudo, para além das documentações produzidas, podemos considerar determinados lugares como marcadores históricos e de extrema importância para a história dos povos afrodescendentes como também locais de resistência e de memória para os povos de matriz africanas em toda a sua pluralidade.
Esses lugares da memória afrodiaspórico, podem ser considerados lugares de memória (em seu aspecto material e/ou imaterial) e terem importância local, regional ou até mesmo nacional.As memórias coletivas dos grupos de matriz africana também se voltam para os espaços em que habitam e nas relações construídas com estes espaços. Esses lugares são importantes referências nas memórias coletivas e individuais, possibilitando o refazer das narrativas históricas e o fortalecimento dos vínculos coletivos ancestrálicos.
A memória coletiva possui convergência com a memória histórica, guardando informações importantes para os sujeitos envolvidos visando manter o sentimento de coesão e pertencimento a um grupo social. Esse sentimento de pertencimento, quando instalado numa comunidade, auxilia de forma determinante na união e na defesa de suas memórias, criando um clima de identidade do grupo social.
Não é nenhuma novidade que a memória dos povos afrodescendentes é constantemente ameaçada pelo racismo, seja na legitimação das nossas pautas políticas ou na tentativa de apagamento da própria materialidade relacionada aos povos afrodescendentes, como o emblemático caso do Sacura/ Vai Vai em São Paulo.
Dessa maneira, entendemos que o patrimônio afrodiaspórico deve ser constantemente revisitado, celebrado e rememorado não somente na perspectiva do combate ao racismo, mas como condutor materializado, seja através de construções, seja através de ritos, festas e celebrações, das memórias acentrais e fortalecedores dos vínculos entre a comunidade.
Aqui entendemos lugares de memória, todos aqueles espaços que compartilham significado para os povos de matriz africana no município de Olinda, com um recorte temporal que pode ir desde o período colonial até os dias de hoje.
Um lugar de memória é uma referência concreta de certa temporalidade, com uma determinada configuração sociocultural, possuidora de uma mentalidade ou memória coletiva, onde a razão de ser desse “lugar de memória seria parar o tempo, é bloquear o trabalho do esquecimento, fixar um estado de coisas, ou em outras palavras, materializar o imaterial” (NORA, 1993, p. 22).
Acreditamos que o mapeamento dos lugares de memória afrodiaspóricos em Olinda contribuirá, de uma maneira geral para o conhecimento e a conscientização do público sobre a importância do patrimônio afro-brasileiro para o município de Olinda e para a História do Brasil.
Ademais, espera-se que a construção do website sirva como mais um instrumento que auxilie na efetivação da Lei Federal n° 11.645, de 2008, que prevê a obrigatoriedade do ensino da História, Cultura indígena e Afro-brasileira no ensino fundamental e médio.
O website foi a forma como pensamos que seria a mais democrática possível para o acesso desses locais e da história não somente pelas comunidades afro-brasileiras, mas por todo aquele que deseja conhecer a história dos povos afrodescendentes.
No bojo desse projeto, pretende-se realizar atividades de diversas dimensões, com objetivos de:
1. Mapear os lugares de memórias afrodiaspóricos em Olinda;
2. Descrever e fotografar os lugares de memória identificados;
3. Elaborar mapa temático de localização dos lugares de memória;
4. Produzir textos em linguagem acessível; e
5. Construir um site interativo.
Esse Projeto é uma realização da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal e Prefeitura de Olinda.


Referências Bibliográficas
GUILLEN, Isabel Cristina Martins (org). Lugares de Memória da Escravidão e da Cultura Negra em Pernambuco, organização Isabel Cristina Martins Guillen. Recife, PE: Cepe, 2023.
SANTOS, Felipe Freire de Souza, O patrimônio histórico e cultural de Olinda-PE : espaço de memória, identidade e conflito, um campo em processo. Dissertação de Mestrado, Pós-graduação em Antropologia, UFPE, 2016.
SITES
https://www.instagram.com/pernambuconegra/
https://www.instagram.com/guianegro/
https://guianegro.com.br/conheca-a-historia-negra-de-olinda/
https://revistacontinente.com.br/secoes/lancamento/escravismo-na-capital-pernambucana
https://maracatuteca.com/portfollio/leao-coroado/


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